A Petrobras informou que o Conselho de Administração, em reunião realizada sexta-feira (26/4), aprovou as novas diretrizes para a gestão do portfólio de ativos. As orientações estão em linha com o Plano de Resiliência, divulgado em 08/03/2019, sendo parte do processo de elaboração do Plano de Negócios e Gestão 2020-2024, que tem previsão de aprovação e divulgação no 4º trimestre de 2019.
As novas diretrizes consideram a venda de ativos com destaque para o segmento de Refino e Distribuição, incluindo a venda integral da PUDSA, rede de postos no Uruguai, oito refinarias que totalizam capacidade de refino de 1,1 milhão de barris por dia, e a venda adicional de participação na Petrobras Distribuidora (BR), permanecendo a Petrobras como acionista relevante.
Os ativos de refino incluídos neste programa de desinvestimento são: Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria Gabriel Passos (REGAP), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).
Os projetos de desinvestimento das refinarias, além do reposicionamento do portfólio da companhia em ativos de maior rentabilidade, possibilitarão também dar maior competitividade e transparência ao segmento de refino no Brasil, em linha com o posicionamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e recomendações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os projetos seguirão a Sistemática de Desinvestimentos da Petrobras e terão suas principais etapas divulgadas oportunamente ao mercado.
No caso da BR Distribuidora, encontra-se em estudo a realização de uma oferta pública secundária de ações (follow-on). Atualmente a participação da Petrobras no capital da BR Distribuidora é de 71%.
As diretrizes estão de acordo com os pilares estratégicos da companhia que têm como objetivo a maximização de valor para o acionista, através do foco em ativos em que a Petrobras é a dona natural visando à melhoria da alocação do capital, aumento do retorno do capital empregado e redução de seu custo de capital.
Reman
A Refinaria Isaac Sabbá, localizada às margens do Rio Negro, em Manaus, iniciou suas operações em 6 de setembro de 1956 com a denominação de Companhia de Petróleo da Amazônia (Copam). Fundada pelo empresário Isaac Sabbá, a refinaria foi inaugurada oficialmente em 3 de janeiro de 1957, com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek.
Em 31 de maio de 1974, foi incorporada ao Sistema Petrobras como Refinaria de Manaus (Reman) e, em 1996, em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, rebatizamos como Refinaria Isaac Sabbá.
Desde 1995, a refinaria vem realizando investimentos em todas as suas áreas. Em 2000, com a entrada da nova Unidade de Destilação foi ampliada a capacidade de produção para 46 mil barris de petróleo por dia. Hoje, sintonizada com as novas tecnologias e com as exigências do mercado, executa um arrojado planejamento em várias frentes de trabalho, buscando assegurar sua permanente modernização e elevação do diferencial competitivo.
A Isaac Sabbá opera, desde o ano 2000, com capacidade de processamento de 7 milhões e 300 mil litros de petróleo por dia, ou seja, 46 mil barris por dia.
A refinaria é autossuficiente em energia, dispondo de uma central termoelétrica que produz e distribui 5,8 megawatts, uma capacidade suficiente para atender a demanda por energia de uma cidade com 35 mil habitantes.
Seuseus principais produtos são: GLP, nafta petroquímica, gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina elétrica, óleo para geração de energia, asfalto. Ela atende mercados nos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.