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Guerra comercial entre EUA e China aumentaria desmatamento na Amazônia

A área dedicada à produção de soja no Brasil pode crescer 39% em decorrência da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que poderia provocar um aumento excessivo do desmatamento na Amazônia, prevê um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista “Nature”. As informações são da Agência EFE.

O autor da análise, Richard Fuchs, do Instituto de Tecnologia de Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha, explicou que a situação poderia provocar a destruição de 13 milhões de hectares de floresta, uma área que seria equivalente ao tamanho da Grécia.

Para chegar à conclusão, Fuchs e outros pesquisadores utilizaram as últimas informações da plataforma Faostat, que reúne o maior arquivo mundial de dados sobre séries agrícolas.

No ano passado, os EUA aplicaram 25% de tarifas sobre produtos importados da China. O governo de Xi Jiping respondeu, taxando produtos americanos, entre eles a soja produzida no país.

Como consequência, as exportações da soja americana para a China caíram 50%, o que deixa o governo chinês com duas opções: ampliar a produção própria da oleaginosa ou comprar mais de outros produtores.

Segundo Fuchs, a última opção é a mais provável. Por isso, o Brasil poderá ampliar “substancialmente” sua produção.

Pedimos aos Estados Unidos e à China para ajustar seus acordos comerciais imediatamente para evitar essa catástrofe”, disseram os autores desse estudo.

Governos, produtores, reguladores e consumidores devem atuar agora para prevenir que a Amazônia se transforme na maior vítima da guerra comercial entre EUA e China”, concluíram os autores.

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