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AM: governo pede “censura” sobre pagamentos atrasados e problemas na saúde, diz comunicado de empresa

O secretário de Saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, pediu às empresas médicas que prestam serviço ao Estado que não procurem mais a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) e a imprensa para denunciar atrasos nos pagamentos e problemas de atendimento aos pacientes nas unidades da rede estadual. As informações fazem parte de um comunicado enviado aos sócios por uma das empresas médicas, ao qual a Mix teve acesso.

O comunicado foi enviado após uma reunião, nesta quinta-feira, convocada pelo governo, em que estiveram presentes diretores das empresas médicas, representantes da Secretaria de Saúde (Susam), da Central de Medicamentos (Cema) e ordenadores de despesas. A empresa informou aos sócios que a Susam só pagará os atrasados “se houver recursos disponíveis na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz)”.

No comunicado, a empresa diz que a Susam informou que os atrasos nos pagamentos foram consequência da falta de recursos “causada pela queda na arrecadação”. E que os recursos do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas), autorizados pela ALE, para o pagamentos das empresas, foram destinados para despesas correntes, também por falta de recursos financeiros.

O comunicado diz, ainda, que o secretário da Susam, Rodrigo Tobias, disse que há interesse do governo em melhorar as condições de trabalho e a assistência aos pacientes e que o empréstimo para pagar as empresas médicas, que deveria sair em maio, ainda não saiu.

A Susam informou aos participantes da reunião que problemas relatados pelos médicos no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto não existem, o que causou decepção entre os diretores das empresas. Os médicos insistiram que há problemas “gravíssimos” em todas as unidades da rede estadual.

No fim da reunião, segundo o comunicado, Rodrigo Tobias disse que reconhecia a importância das empresas médicas e destacou que a falta de recursos vai obrigar o governo a fazer estudos para tentar reduzir o valor dos contratos, sem informar datas ou percentuais.

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