Acontece nesta quarta-feira (22), em Manaus, o 3º Seminário Internacional de Segurança da Amazônia (SISAM) que tem como principal finalidade de fornecer informações técnicas ao Governo Federal Brasileiro, ao Estado do Amazonas e países vizinhos, por meio de dados primários e secundários, pesquisas e ações sobre as políticas de segurança pública adotadas pelas forças policiais no combate ao narcotráfico na região de fronteiras com o Brasil.
O evento se estende até esta sexta-feira (24), no Teatro Século, no Centro Educacional Século, na Avenida Coronel Teixeira, 4.371, Ponta Negra.
O coordenador do Seminário, delegado Mário Aufiero, que também é o presidente da Associação de Delegados de Polícia do Amazonas (Adepol-AM), explicou que por conta de o Brasil estar ao lado dos maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, é necessário discutir as ações das forças de segurança para coibir e proibir o ingresso e comercialização das drogas no país, principalmente as que passam nas fronteiras com a região brasileira.
“Estamos ao lado dos maiores produtores de cocaína do mundo e quando a gente fala dos maiores produtores, falamos de lucro, rentabilidade. Segundo as Nações Unidas houve um aumento da área de cultivo das folhas de coca na Colômbia que chegou a 171 mil hectares em 2017, 17% em relação a 2016, e a folha de coca no Peru registrou 150 mil toneladas então a gente tem que buscar soluções para isso”, explicou Aufiero.
De acordo com o coordenador do Seminário, as soluções dos problemas que devem ser apresentados no evento podem ser possíveis se houver a integração de todas as forças de segurança e, principalmente, de um investimento do Governo Federal no corpo operacional nas regiões de fronteiras. Aufiero destacou a importância de uma vigilância 24h nos locais e frisou o valor das forças armadas no primeiro combate ao narcotráfico.
“O tráfico de drogas está organizado, com estrutura coesa e isso é um desafio para o estado brasileiro, mas somente com a integração de todos os atores da segurança que vamos poder justamente ter soluções a curto, médio e longo prazo para coibir essa prática. O Governo Federal tem que ser o grande gestor, somente Polícia Civil, Federal e Militar não vai dar conta, temos que ter as forças armadas ali fazendo sua função que é proteger a nossa fronteira”, esclareceu.
Foto: Odinéia Araújo