A Polícia Federal no Amazonas deflagrou, na manhã desta segunda-feira (22), a Operação Zero Um, nos estados do Amazonas e da Bahia. As investigações identificaram fraudes cometidas pelo gerente-executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Amazonas. Com o auxílio da chefe do Setor de Benefícios, eram concedidos benefícios indevidos a terceiros, mediante a inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do instituto.
Durante a operação foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Manaus, Manacapuru e Iranduba, no Amazonas, e de Ilhéus, na Bahia.
Foram utilizados meios e técnicas especiais de investigação que confirmaram o envolvimento do gerente-executivo na concessão irregular de um benefício previdenciário em favor de uma pessoa residente em Ilhéus (BA).
A Força-Tarefa Previdenciária também investiga possíveis interferências do gerente-executivo em contratos firmados entre o INSS e empresas prestadoras de serviços, em cobranças de vantagens indevidas a empresários vencedores de licitações para a reforma de agências da Previdência Social no interior do Amazonas.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva, advocacia administrativa e emprego irregular de verba pública.
O nome da operação é uma alusão ao fato de o principal investigado ocupar a mais alta posição funcional do INSS no Amazonas – a de gerente-executivo.
A Controladoria-Geral da União (CGU) participou da operação Zero Um. De acordo com a CGU, também foi constatada a realização de diárias cruzadas, em que servidora do INSS era transferida “a interesse da administração pública” para o interior do estado e, logo após, retornava ganhando diárias. Entre 2014 e 2017, ela recebeu R$ 91 mil com 464 diárias, além de mais de R$ 37 mil em ajuda de custo, para mudar quatro vezes de lotação.