A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi uma das 75 instituições federais do país que paralisaram hoje as atividades em protesto pelo bloqueio de recursos orçamentários para a Educação. No campos de Manaus, o protesto teve a adesão de professores, servidores e alunos. Uma manifestação foi realizada pela manhã , com passeata na avenida Rodrigo Otávio, na zona Sul. Para as 15h está programada outra concentração da Praça da Saudade, no centro da cidade.De acordo com a reitoria da Ufam, a instituição teve R$ 38 milhões bloqueados pelo Ministério da Educação (MEC).
Os cortes anunciados para a área da educação são tema do primeiro grande protesto contra o governo Jair Bolsonaro(PSL), que acontece hoje nas principais cidades de 26 estados e no Distrito Federal. Os atos são em defesa das universidades federais, da pesquisa científica e do investimento na educação básica e acontecem após o MEC anunciar um congelamento orçamentário que atinge recursos desde a educação infantil até a pós-graduação, com suspensão de bolsas de pesquisa oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Nas universidades federais, o bloqueio anunciado foi de 30% dos recursos destinados a gastos discricionários (como água, luz e serviços de manutenção). Convocado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve comparecer hoje para prestar esclarecimentos sobre os cortes na Câmara dos Deputados. Ele é obrigado a comparecer.
Foram registradas manifestações também na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí e São Paulo. Alunos e docentes da USP (Universidade de São Paulo) realizaram protesto na manhã de hoje nos arredores da instituição, na zona oeste de São Paulo, bloqueando ruas e avenidas do entorno da cidade universitária.
(Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA)