O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior, em reunião com o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, na semana passada, informou que os empresários ligados à entidade têm “bilhões de investimentos na Zona Franca de Manaus” e, portanto, têm interesse em desenvolver a indústria nacional. “Em Manaus, concentramos toda produção nacional de ar-condicionado e televisão, por exemplo, mas fabricamos também linha marrom e eletroportáteis”, afirmou.

Ele informou, ainda, a Eletros é parceira da Suframa para a resolução de questões estratégicas para o aprimoramento do segmento. “Precisamos de apoio em logística reversa, sofremos com o tabelamento dos fretes e os custos amazônicos. Entendemos que é um momento de mudança e que é preciso avançar, mas não se pode errar”, disse José Jorge do Nascimento Júnior.

Na reunião, Alfredo Menezes, discutiu medidas de desburocratização e destravamento de Processos Produtivos Básicos (PPBs) – em especial aqueles de interesse da Eletros, como aparelhos de ar-condicionado, televisores e equipamentos de áudio e vídeo, entre outros – e as consequências de reformas nacionais – como a da Previdência e a tributária – para a Zona Franca de Manaus.

A Eletros é uma entidade com sede na capital paulista que conta atualmente com 31 empresas associadas, incluindo algumas das maiores e mais representativas marcas de produtos eletrônicos e eletrodomésticos do País, tais como Electrolux, Elgin, LG, Midea Carrier, Panasonic, Philips, Samsung, e Sony.

Menezes ressaltou que a principal meta da atual gestão da Suframa é restabelecer o protagonismo da instituição na região e proporcionar um ambiente de negócios favorável à atração de investimentos e à ampliação dos indicadores de emprego e renda. “Agora, a nossa interlocução é direta, precisamos entregar as demandas que sejam boas para o Brasil”, acentuou.

Menezes também lembrou o compromisso demonstrado pela atual gestão do governo federal quanto à necessidade de desregulamentação do processo decisório envolvendo PPBs de interesse da Zona Franca de Manaus, citando, como exemplo, a inclusão deste tópico entre o pacote de medidas que serão implementadas pelo Ministério da Economia ao longo deste ano. “Estamos buscando um alinhamento cada vez maior com as diversas instâncias do governo federal para resolver essa questão. O momento é de avançar e não se pode segurar o PPB, nem escolher empresas. Temos de pensar no todo, no emprego e no andamento da economia”, assegurou o superintendente.