Arquivo/Agência Brasil

Amazon e Amazônia disputam o domínio “.amazon”

Em uma nova rodada de discussões, a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês) deu até 7 de abril para que os países da Região Amazônica e a gigante do varejo online Amazon cheguem a um acordo sobre o registro do domínio “.amazon”, requisitado pela empresa sete anos atrás. As informações são da Agência Reuters.

A disputa entre Amazon e os oito países da região amazônica, o Brasil entre eles, vem desde 2012, quando a Icann abriu a possibilidade de registro de domínios não tradicionais. À época, a Amazon entrou com o pedido de registro do “.amazon”.

O pedido da Amazon foi negado em 2013 pela Icann. Em 2017 o Conselho de Governos da Icann, um órgão deliberativo, recomendou a diretoria da entidade que “facilitasse a negociação” entre os oito países e a Amazon para que se tentasse chegar em uma solução à respeito, abrindo novamente a possibilidade de registro do domínio.

Em outubro de 2018, o Icann retirou o status de “não dar seguimento” da proposta de registro da Amazon, alegando que os oito países e a empresa haviam encontrado um caminho de negociação. A afirmação, no entanto, foi negada pelos oito países amazônicos, que acusam o presidente do Icann, Göran Marby, de ter distorcido informações.

“Desde 2012, por intermédio do Itamaraty, o Brasil, em coordenação com os demais países amazônicos, opõe-se firmemente à atribuição do ‘.Amazon’ à empresa Amazon em regime de exclusividade. Na visão brasileira, devido a sua indissociável relação semântica com a Amazônia, aquele domínio não deve, de modo algum, ser o monopólio de uma empresa”, diz nota divulgada pelo Itamaraty.

O Itamaraty informou, ainda, que a Icann tomará uma decisão após 21 de abril.

A Amazon não se manifestou.

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